O perigo das pseudometas

Raúl CandeloroEstabelecer uma meta ou objetivo é o primeiro e talvez um dos passos mais importantes que uma pessoa pode dar para ter sucesso.

Mesmo assim, é também uma das áreas mais mal compreendidas do processo de Alta Performance. Basta ver as metas que algumas pessoas estabelecem quando fazemos um exercício pedindo que definam seus objetivos.

Exemplos de metas ‘fracas’:

  • Quero mudar meus hábitos.
  • Realização pessoal.
  • Quero vender mais e melhor.
  • Preciso emagrecer.
  • Faculdade.
  • Quero ter muito sucesso.
  • Meu objetivo é conquistar meus sonhos.
  • Minha meta é alcançar minhas metas.

São todos casos reais, de participantes de workshops, palestras, cursos.

Qual o problema de metas fracas?

Metas fracas invariavelmente não motivam, não definem prioridades, não estabelecem claramente o que precisa ser feito, não estabelecem o que precisa DEIXAR de ser feito. Ou seja, metas fracas levam invariavelmente a resultados fracos e à baixa performance.

A maior maldade de tudo isso é que a pessoa nem sabe que está bombardeando seus próprios resultados ao definir suas metas de maneira incorreta. Ao definir a meta fraca, a pessoa já começa se autossabotando.

Depois, essa mesma pessoa se desmotiva e entra numa espiral negativa difícil de sair: baixa performance, decepção, desmotivação, outras metas fracas, baixa performance, decepção, desmotivação…

Não é que a definição correta de uma meta seja uma ‘bala mágica’ que resolve automaticamente todos os problemas. Mas ela ajuda IMENSAMENTE a fazer com que as coisas comecem a dar certo.

E como definir corretamente uma meta?

Eu gosto muito do acrônimo eSMART:

  • Específica
  • Mensurável
  • Alcançável/atingível
  • Relevante
  • Tempo para ser atingida

Vamos pegar o exemplo do ‘Quero emagrecer’. É uma meta eSMART?

Não, pois:

Não é específica. Emagrecer é perder peso? Diminuir % de gordura corporal? Não são coisas iguais e a pessoa não definiu de maneira específica.

Não é mensurável. Emagrecer quanto exatamente?

É alcançável? Depende – não sabemos pois não definimos uma métrica/indicador de sucesso. Quantos quilos queremos perder e em quanto tempo? Sem definir isso, não conseguimos definir se é realmente alcançável ou não.

É relevante? Sim, é. Se a pessoa colocou como objetivo, então é relevante para ela. Mas é uma relevância fraca, pois não consegue motivar a pessoa 100% a dedicar-se a atingi-la, a ter a persistência e a perseverança necessárias para superar as dificuldades.

Tempo: até quando queremos emagrecer? Qual a data limite? Emagrecer 5 kg em uma semana, em um mês, em 6 meses ou em um ano são metas completamente diferentes.

Veja que ‘Quero emagrecer’ é uma pseudometa, é uma meta falsa. Por ser falsa, é fraca. Por ser fraca, leva ao fracasso.

Uma meta eSMART, neste caso, diria algo como “Vou pesar 75 kg no dia 31/12/14”.

Veja que não está no gerúndio (“vou estar pesando”) nem como intenção (“quero pesar” ou, pior ainda, “quero estar pesando”).

Note também que não é ‘vou perder 5 kg’ (com foco no negativo no perder). É no positivo, no que quero conquistar.

É “VOU PESAR”.

Mesma coisa com dinheiro. Muita gente coloca como meta “Quero economizar dinheiro”.

Teste rápido: é uma meta eSMART?

Já sabemos que não é. A pessoa pode economizar R$ 5 no ano inteiro e falar que cumpriu sua meta, quando na verdade sabemos que não era isso que ela queria de verdade.

Essa meta “Quero economizar dinheiro” não é específica, não é mensurável, não sabemos se é alcançável, não sabemos se é relevante (quanto a pessoa quer economizar para realmente se motivar?), não tem um tempo para acontecer.

Resultado desse tipo de pseudometa: é uma meta falsa. Por ser falsa, é fraca. Por ser fraca, leva ao fracasso.

Uma meta eSMART, neste caso, diria algo como “Vou ter R$ 25.000 aplicados num fundo de renda fixa até o dia 21/12/14”.

Outros exemplos tipicamente fracos: quero vender mais. Quero vender melhor. Quero atingir o sucesso. Quero crescer pessoalmente/profissionalmente. São metas de verdade (ou seja, passam pelo teste do eSMART) ou são pseudometas? Já sabemos a resposta.

São metas falsas. Por serem falsas, são fracas. Por serem fracas, levam ao fracasso.

A partir desta semana você vai passar a acompanhar aqui, pela minha e-zine VM, meus comentários e lições sobre o projeto Atitudes. Com base no trabalho das pessoas que se inscreverem para participar do projeto, escreverei aqui minhas descobertas e darei também tarefas e dicas práticas para quem quiser buscar o caminho da Alta Performance.

A lição desta semana é esta: se quiser realmente ter Alta Performance, alcançar o sucesso e atingir seus resultados, comece definindo de maneira clara, direta e objetiva suas metas.

Se passar pelo teste do eSMART, é uma meta de verdade.

Se não passar pelo teste do eSMART, é uma pseudometa. E já sabemos o que acontece com uma pseudometa: é uma meta falsa. Por ser falsa, é fraca. Por ser fraca, leva ao fracasso.

Metas inconsistentes = resultados fracos e inconsistentes.

Metas consistentes = resultados fortes e consistentes.

Tudo começa com a definição correta da meta. Isso dá foco e dá FORÇA.

Comece definindo corretamente suas metas e já terá dado um passo importante em direção à Alta Performance.

Abraços de Alta Performance e até a semana que vem,

Raúl Candeloro

P.S. Um estudo de Harvard mostrou que os 3% da população que colocam no papel suas metas e objetivos, bem como seus planos para alcançar metas e objetivos, têm uma renda superior aos outros 97% (juntos!) que não têm objetivos, não fazem planos para alcançar seus objetivos ou não colocam objetivos e planos no papel! Logo… Defina sua meta eSMART e coloque no PAPEL! Seja um dos 3%!

 

Artigo da semana

Música x Aperfeiçoamento contínuo

 

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“Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo, e fazer bem feito”.
Pitágoras

 

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Excelente – sempre trazendo informações aos líderes e vendedores de todo o Brasil.
Jair Pereira

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Joel Martins Martins

Agora, com o curso APV, seremos mais do que supervendedoras!
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