Por Gilberto Cavicchioli
O cenário atual é inédito, para todos nós, tanto na nossa vida pessoal, quanto profissional e emocional. Vídeos, depoimentos, memes, e-mails informando o adiamento de atividades e compromissos provocam de tudo: insatisfações, incertezas, promessas de mudanças na forma do mundo conviver em sociedade. E também estimulam revisões de postura, de comportamentos, de sonhos.
Faço uma proposta ao caro leitor para adotar o “re” como prefixo a alguns verbos de ação.
Repensar os meios de se trabalhar. Tenho escutado diariamente que o trabalho de casa, o home office, para muitas atividades e funções tem se mostrado mais eficiente do que se imaginava. A habilidade do autogerenciamento tornou-se imprescindível?
Reavaliar o que de verdade importa em nossas atividades cotidianas. Em quais prioridades devo focar minhas energias?
Reestruturar as nossas equipes de trabalho, revendo nossa forma e estilo de liderar pessoas, a forma de externar empatia e solidariedade. O quanto, de verdade, compartilhamos objetivos e responsabilidades com nossos parceiros?
Redesenhar os processos de atendimento aos clientes, agilizando atividades que promovam o ganho de tempo com redução de custos e melhoria na qualidade. Satisfazer clientes será diferente daqui pra frente?
Retrabalhar o que vem dando certo, o que tem se mostrado eficiente e bem aceito pelos clientes – internos e externos –, pelos usuários dos serviços que prestamos ou consumidores dos produtos que produzimos. Precisamos de tanto para viver com harmonia e tranquilidade?
Renovar posturas antigas que talvez sejam inadequadas nos tempos de hoje. Que já nos ajudaram no passado, mas que, no presente, perderam a utilidade ou contribuição.
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Rever o que já nos fez bem no passado e que hoje só faz mal. Desapegar-se do que já não atende nossas necessidades e expectativas.
Reanimar no sentido de fazer alguém recuperar as funções vitais e a consciência do que realmente importa.
Receitar conselhos que elevem a autoestima das pessoas menos favorecidas, aflitas com suas incertezas em relação ao futuro.
Refletir sobre a forma de encarar o novo, o que nos faz pensar fora da caixa.
Reatar as relações em que a distância já foi um empecilho.
Requebrar e rebolar no sentido de usar recursos inusitados para sair das dificuldades.
Reconhecer que precisamos mudar e reconsiderar o que realmente importa.
Reolhar para dentro de nós mesmos, redefinir nossas formas de cantar, dançar, celebrar e sorrir.
Saúde para todos!
—
Gilberto Cavicchioli é engenheiro, consultor de empresas na área de vendas, professor na ESPM, FGV e Senac.
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