Devagar, que tenho pressa

Na semana passada falei sobre 10x e não pensar pequeno e hoje quero continuar o tema, além de lançar uma promoção/desafio.

Tenho notado com frequência que muita gente está confundindo atividades com resultados. Não adianta fazer mais coisas (10x) se essas coisas não são inteligentes, não agregam valor, não diferenciam o seu trabalho, não permitem que você seja criativo ou, pior, não ajudam você a realizar-se plenamente. Por isso queria dar algumas dicas rápidas sobre o assunto:

  1. Libere (ou bloqueie) alguns momentos do seu dia: Se você tem uma agenda e todas as horas e todos os dias estão ocupados, alguma coisa está errada. Essa é a vida de uma formiga. Quando ela morre, ninguém nem nota – vem outra formiga e a substitui. Trabalho inteligente, criativo, que produz verdadeira satisfação precisa de momentos calmos para usar inteligência com foco. Se você não bloquear momentos do dia para trabalhar com o cérebro, com inteligência, então por definição está fazendo justamente o contrário. (E tem gente que ainda faz isso com orgulho!).
  2. Diminua o ritmo: Essa é uma luta constante na vida de todos. Parece que está todo mundo a 1000 por hora. Por um lado isso provoca uma sensação de avanço e de realização, mas é como aqueles passeios de trem que cruzam cinco países da Europa em dois dias. Você não consegue prestar atenção de verdade em absolutamente nada. Entendo que existam momentos de alta intensidade e dedicação forte ao trabalho, mas tenho visto muita gente no que chamo de Síndrome da Esteira: corre, corre e não chega a lugar algum.  Pior: fazendo uma série de coisas que não dão resultado simplesmente por que ninguém parou para pensar de verdade em como fazer aquilo com excelência. Diminuir o ritmo tem muitas vantagens (lembre da tartaruga x lebre). Como disse Napoleão: “devagar, que tenho pressa”. Inteligente mesmo é a pessoa que consegue melhores resultados, não a que tem mais coisas para fazer anotadas na agenda.
  3. Simplifique: A quantidade de trabalho desnecessário que vemos nas empresas brasileiras hoje é monumental. São relatórios que ninguém lê, reuniões desnecessárias, problemas e correria de última hora provocados por falta de planejamento, falta de comunicação interna, etc. Acho que toda empresa deveria ter um pôster nas paredes de todas as salas escrito: “Não Complique: simplifique”. Melhor ainda, na linha da simplificação: somente “Simplifique”. Comece a tirar coisas da sua mesa, da sua agenda, a eliminar reuniões desnecessárias, a pensar o tempo inteiro em como evitar problemas antes que aconteçam. Seja um campeão/campeã da simplificação. Como disse Saint-Exupéry, “A perfeição é alcançada não quando você não pode colocar mais nada, mas sim quando não precisa tirar mais nada”.

Essas três dicas, quando colocadas em prática, vão ajudar com certeza absoluta a acelerar seus resultados. Como sempre, depende antes de mais nada da sua ATITUDE.

O que nos traz novamente ao desafio deste mês: qual a atitude que você precisa melhorar em 2013 para vender mais e o que vai fazer para melhorá-la? (Seja específico!) Poste sua resposta na nossa página do Facebook: www.facebook.com/VendaMais. As 5 melhores respostas ganharão um vale-compras de R$ 50 a ser utilizado na loja da Editora Quantum.

Abraços simplificados,

Raúl Candeloro

ENTREVISTA

“A vida é um processo contínuo de comunicação, persuasão e influência sobre outras pessoas. A capacidade de vender ideias determina o sucesso na vida e na carreira”.

Confira a entrevista com o Prof. Menegatti

 

ARTIGO DA SEMANA

Prometheus e não Entreghous – filme, seriado ou novela?

Por Scher Soares

O artigo de hoje é um paralelo bem-humorado entre um tema de Hollywood e o mundo corporativo.

Aproveitando a recente divulgação da chegada do filme Prometheus às locadoras, dei-me conta de que é quase impossível pensar no nome da película sem fazer um paralelo direto e imediato com o passado do verbo prometer. E eis que, repetindo para mim mesmo o nome do filme, senti-me tentado a fazer uma pequena provocação em forma de brincadeira com as possíveis variações e suplementos do título original no mundo corporativo. Se no campo da arte Prometheus é uma obra que promete nos envolver na sua trama, no mundo corporativo ela está mais para uma novela que se repete em algumas empresas, sempre com as mesmas pessoas. São os atores de um drama que acomete as empresas e as torna mais lentas e improdutivas. Conheça abaixo alguns dos principais personagens.

Prometheus e Não Entreghous – O ator principal da novela. Rápido no gatilho e hábil em realizar promessas, é o rei do não cumprimento. O paladino da enrolação. Trata-se daquele que acha que promessa é dívida, mas deve e não nega. Paga quando puder. Projetos, nas mãos dele, sempre são um risco de entrega comprometida.

Garanthius e não Cumphrius – Missão dada é missão cumprida. Quem dera esse fosse o enredo desse personagem. Ao contrário. Garanthius e não Cumphrius é pródigo em simplesmente informar que a missão foi para o saco. A vaca foi “pro” brejo. A casa caiu e tudo mais. As garantias viram castelos de areia e sua frouxidão na gestão cria um imenso risco para a organização.

MarKhous e se Atrazhous – Você já sabe. Marcar com esse cidadão é certeza de chá de cadeira. Sempre atrasado, sempre com uma desculpa.

Gargantheous e se Arrependheus – O falastrão da novela. Conhecido por não ter freio entre o cérebro e a língua, cria seus próprios problemas – e alguns para os outros também – por sofrer de verborreia e tendência a falar sem pensar.

Assumhius e se Omithius – O sonho dele era ser gerente. Inquietava-se com a demora e alardeava seu preparo e potencial represado. Eis que chega o grande dia. Devidamente empossado do cargo, começa sua nova rotina com equipes, projetos e desafios. As demandas do comando surgem e justamente nessa hora é que elas são devolvidas ou deixadas de lado pelo assumido, mas omisso gerente.

Menthius e Fofokhous – A comadre da novela. Especialista em criar artimanhas de manipulação e extremamente eficiente no quesito espalhar notícias e contaminar o ambiente. Usa de alguns dos seus truques para escapar do holofote, ao mesmo tempo em que mira alvos fáceis com o intuito de fragilizá-los e deflagrar estresse cultural.

Executhous e Não Planejhous – Personagem clássico dos dramas empresariais, esse indivíduo se intitula “hands on”, mas, na verdade, é um desperdiçador de energia e recursos da organização. Aventureiro, lança-se em projetos com a voracidade de um animal feroz e, por vezes, se machuca por não ter considerado algumas variáveis e o próprio contexto em si.

Planejhous e Não Executhous – O grande oponente do ator acima, esse é justamente ao contrário. Vangloria-se por sua academicidade e teorias infalíveis que demandam imenso tempo de planejamento. Rei do Power Point, ele cria slides impecáveis e planejamentos que poderiam vir a ser perfeitos se fossem executados. É bom em planejar, péssimo em executar e por assim sê-lo, é impedido de monitorar e omisso em corrigir, se tornando o vilão do PDCA.

Brincadeiras à parte, os personagens da novela acima bem que podem ser facilmente encontrados em algumas empresas. São os atores de uma novela corporativa com cara de drama que, com frequência, não tem final feliz.

Desejo que se divirta com o texto. Aproveite para refletir também.

@ScherSoares
www.scher.com.br

 

OPINIÃO DO LEITOR

A Revista VendaMais desse mês está recheada de reportagens interessantes, como sempre excelente!!
Leila Fortuna
Via Facebook

 

PARA PENSAR

“Se você quer ser bem-sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si”.
Ayrton Senna

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