Confira entrevista com Neto Pucci.

Todo palestrante deveria se atualizar de seis em seis meses, o que também acho difícil, pois a comodidade deles é complicada. Todo o conteúdo transmitido deveria passar por uma avaliação. Principalmente os slides que são utilizados. Isso, em especial, é o que afunda qualquer palestrante.

Vamos começar falando do seu livro Desprogramando seu estresse. Qual é a principal ideia ou conceito que você defende nele?
O livro fala basicamente sobre o comportamento humano e aborda, de uma forma objetiva e simples, os problemas cotidianos, apresentando ferramentas para a solução imediata de cada situação.

Como você começou como palestrante?
Comecei minha carreira como trainee em uma empresa de consultoria e aos 18 anos já sabia o que queria para a minha vida. Eu observava diversas palestras, temas motivacionais, e percebia que, mesmo nos dias de hoje, esse modelo engessado não apresentaria soluções para as pessoas, mas uma motivação barata para um possível comércio de produtos. Foi assim que decidi fazer diferente. Modifiquei tudo o que eu conhecia em relação a palestras e desenvolvi minha própria técnica.

Já são quase dez anos no ramo de treinamento, tendo enorme realização e satisfação no que faço.

Que tipo de empresas geralmente contrata seus serviços? O que elas buscam em suas palestras?
Atendo muitos eventos corporativos, na maioria das vezes em Sipat e eventos internos, porém, não existe limitação para um evento empresarial. Já atendi desde pequenas empresas até multinacionais, sempre mantendo o mesmo padrão.

Por outro lado, que tipo de evento ou treinamento não é adequado para você? Ou seja, que tipo de problemas, situações ou treinamentos você geralmente prefere não aceitar ou repassar para algum colega?
Participo de todos os tipos de eventos que envolvam comportamento humano, mas os treinamentos mais técnicos e específicos, que fogem do meu campo, eu indico para colegas da área.

Qual é o seu diferencial em relação a outros profissionais? Qual é a sua “marca registrada”?
Acredito que todo palestrante tem seu perfil, não existe como comparar um com o outro, porém, acho que o meu grande diferencial é que não tenho o objetivo de informar, e sim de transformar. É assim que uma pessoa sai da minha palestra: transformada.

Quais são os seus livros ou autores de negócios preferidos?
O monge e o executivo, de James Hunter; A bíblia de vendas, de Jeffrey Gitomer; e A arte da guerra, de Sun Tzu.

Qual foi a sua palestra mais memorável, a que mais lhe marcou?
Minha palestra Desprogramando seu estresse. Ela apresenta uma realidade paralela que possibilita ao participante modificar seu comportamento e melhorar sua vida. Essa palestra foi desenvolvida para um evento específico, porém, desde a primeira vez que a ministrei não consegui mais parar, são vários os convites e foi tamanha a procura que acabei escrevendo um livro sobre ela. Esse livro mostra, de uma forma mais detalhada, assuntos abordados na palestra, com uma linguagem bem descontraída e de fácil aplicação.

Qual foi a situação mais desastrosa ou engraçada que já aconteceu em uma das suas palestras ou eventos?
Foi em um evento para uma equipe médica no Rio Grande do Sul. Eu afirmei que o divórcio é uma autofalência. Foi quando o diretor do hospital se irritou, levantou e, no meio de 200 pessoas, disse que não concordava comigo, pois ele era o melhor médico da cidade e estava no terceiro casamento. Na hora eu parei a palestra, fui até a poltrona em que ele estava sentado, olhei bem nos olhos dele e falei: “Você não entendeu, eu disse que você falhou como pessoa, e não como profissional”.

Ele ficou impressionado com a minha atitude, comprou meu livro para todos os médicos e, sempre que posso, envio uma mensagem para ele dando suporte e dicas.

Qual é o maior erro que você nota nas convenções ou nos treinamentos de empresas?
Todo palestrante despreparado. O evento virar comércio de materiais. O conteúdo desatualizado que os palestrantes passam. E o conteúdo não agradar a todos.

Por que você acha que tantas reuniões e tantos treinamentos são chatos ou improdutivos? O que poderia ser feito para melhorar isso?
Precisamos atender à necessidade de cada um, de acordo com cada realidade. Alguns palestrantes deveriam esquecer seus títulos de grandeza e se atualizar, e isso em minha concepção é um pouco difícil, pois criamos esses monstros.

Todo palestrante deveria se atualizar de seis em seis meses, o que também acho difícil, pois a comodidade deles é complicada. Todo o conteúdo transmitido deveria passar por uma avaliação. Principalmente os slides que são utilizados. Isso, em especial, é o que afunda qualquer palestrante.

Quais conselhos você daria para alguém que quer melhorar seus resultados na vida e/ou no trabalho?
Comece a entender que a mudança e a chave do sucesso começam pelo profissional em questão. Portanto, modifique seu comportamento, entenda seus defeitos e esbanje suas qualidades.

Gostaria de fazer algum comentário final para os nossos leitores?
O errado nunca pode ocupar o lugar do certo. Cada ser humano precisa entender que tem um papel fundamental neste planeta e ele mesmo precisa ser a mudança que deseja.


Neto PucciNeto Pucci é palestrante, consultor e um dos maiores especialistas em comportamento humano. No campo da psicologia, tem como especialização o gerenciamento do estresse pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR). 

Como consultor tem feito grande diferença em empresas dos mais diversos segmentos abordando temas efetivos como motivação, liderança, vendas comportamentais, atendimento ao cliente e em seu maior destaque o treinamento Desprogramando seu estresse.

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