Confira a entrevista com Jefferson Leonardo

Jefferson Leonardo

Convido o leitor a dar as tacadas certas nos dilemas da liderança, da gestão e das circunstâncias comportamentais, através da analogia da arte do golfe e do mundo empresarial em reconfiguração, com histórias, ensinamentos e situações reais do dia a dia, de uma forma agradável, simples e instigante.

Vamos começar falando um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo melhor. Você poderia nos contar brevemente sua trajetória profissional até escrever “Você Erra Todas as Tacadas que Não Dá”?

Iniciei minha carreira aos 9 anos como empreendedor na feira da Vila Mariana (SP) vendendo limão. Em seguida, com 10 anos, abri minha startup fabricando quadro (papagaio, pipa ou pandorga), no mesmo mercado, e no mundo corporativo de Office Boy à Executivo, trabalhando nas empresas TRW do Brasil, São Paulo Alpargatas, Tintas Renner e DuPont.

Costumo me apresentar informalmente como:

  • Administrador e Mestre em Engenharia por formação
  • Educador Universitário por contribuição
  • Paulistano de nascimento e Gaúcho por opção
  • Palmeirense por teimosia
  • Voluntário da ABRH e Projeto Pescar por benfeitoria
  • Consultor, Facilitador e Palestrante por paixão
  • Golfista por ocasião
  • Articulista e Escritor por dedicação

Olhando para trás, existe algo que você gostaria de ter sabido ou descoberto antes – alguma lição que teria ajudado a superar ou evitar algumas dificuldades pelas quais passou?

Sim! Uma vez escutei uma frase que, verdadeiramente, gostaria de ter escutado e colocado em prática desde o meu início de carreira. A frase é: “no fim tudo se resolve, se não resolveu ainda, é porque ainda não chegou o fim”. Poderia ter evitado muitos erros por ansiedade, noites mal dormidas e vários enganos por querer antecipar o fim das coisas.

Agora sobre seu livro. Com tantos livros sobre Liderança já disponíveis no mercado, o que o seu traz de diferente?

Realmente a quantidade de literatura sobre liderança deve ocupar milhares de páginas no oráculo Google, mas como todos os pais dizem que seu filho é o mais lindo do mundo, diria que o meu livro é um filho assim; que convida o leitor a dar as tacadas certas nos dilemas da liderança, da gestão e das circunstâncias comportamentais, através da analogia da arte do golfe e do mundo empresarial em reconfiguração, com histórias, ensinamentos e situações reais do dia a dia, de uma forma agradável, simples e instigante.

Você poderia nos dar um exemplo extraído do livro que resume as principais ideias e conceitos que você defende?

A premissa maior está na afirmativa de que os obstáculos do mundo empresarial não residem apenas na falta de Capital, Mercado ou de Tecnologia, mas nas Pessoas, que precisam adotar um conjunto de atitudes que são também imprescindíveis para o sucesso no jogo do golfe como: Foco, Disciplina, Visão do todo, Harmonia, Maestria no uso dos Recursos, Paciência, Determinação, Autoconfiança e Paixão.

De maneira rápida e resumida, que tipo de leitor mais se beneficiaria do seu livro? Que tipo de conselhos ou informação deveriam estar procurando, ou que tipo de problema estariam tentando resolver?

Todos aqueles que desejarem caminhar na estrada da liderança com eficácia e resultados. A informação que gostaria de deixar é a consciência de que no mundo corporativo é necessário aprender e saber jogar G.O.L.F.E., com os tacos da(o):

  • Grandeza – encontre a sua paixão interior e inspire os outros a encontrar a deles.
  • Objetivo – ter a compreensão de onde você está agora e onde deseja chegar.
  • Liderança – conquistar o hábito de liderar a si próprio para depois liderar os outros.
  • Foco – saber qual o caminho e a direção por onde devemos iniciar e terminar.
  • Execução – criar a cultura da execução disciplinada com reconhecimento.

Qual seria a primeira coisa que você gostaria que alguém fizesse depois de terminar de ler seu livro, colocando em prática o que foi visto?

Gostaria muito que, ao terminar a leitura fizesse, por escrito, uma lista com duas colunas. De um lado colocando quais as atitudes, comportamentos e métodos está aplicando eficazmente na sua vida pessoal e profissional; e do outro lado quais necessitaria melhorar para alcançar a alta performance e a grandeza, seguido de um plano de execução com os “como” e data como meta.

Que outros livros ou autores você recomendaria para quem quiser se aprofundar nesse assunto?

Recomendo os livros que foram base da minha pesquisa:

  • A Neo Empresa – César Souza
  • Empresas Feitas para Vencer – Jim Collins
  • Execução – Ram Charan
  • O Poder da Confiança – Stephen M. R. Covey
  • Os 7 Hábitos das pessoas altamente eficazes e O 8º Hábito – Stephen R. Covey

Qual é o maior erro que você vê nas empresas em relação a como a liderança vem sendo praticada?

Não chamaria de erros; prefiro citar três deficiências corriqueiras nas organizações, causadoras de diversos retrabalhos, desperdícios e prejuízos. Trata-se do planejamento inadequado, da comunicação ineficaz e do baixo nível na qualidade da execução.

Que sugestões você daria para quem quer melhorar? Por onde começar?

O líder que deseja melhorar deverá conhecer a si próprio. Ter a consciência dos seus pontos fortes e das suas limitações como profissional e como ser humano, para depois liderar as outras pessoas com eficácia.

E o que você acha que esses líderes deveriam PARAR de fazer?

Diversos líderes acreditam que devem trabalhar para motivar seus colaboradores, mas o que eles devem se preocupar é em não desmotivá-los, entendendo que seu papel é desobstruir o caminho do seu liderando, removendo os obstáculos e facilitando a caminhada.

Baseado em toda sua experiência e depois de todas as pesquisas que fez para escrever seus livros, existe algum conselho em liderança ou administração que você vê publicado com frequência, mas com o qual não concorda?

Tenho muita preocupação com os modismos e as receitas prontas em algumas publicações. Frequentemente enxergo assuntos lançados com nomes diferentes, como se fossem algo inédito e inovador, mas que na sua essência tratam-se de premissas, métodos, sistemas e processos consolidados a dezenas de anos. Vejo também apresentações de cases de reconhecido sucesso nos congressos, e líderes querendo copiá-los, na integra, em sua organização, não compreendendo que cada empresa tem suas peculiaridades, sua cultura e seu jeitão de ser, que aquele case de excelente resultado não logrará êxito na sua empresa se não for adaptado respeitando as diferenças.

Algum comentário adicional que gostaria de fazer aos nossos leitores?

Gostaria de convidar os leitores para conhecer o jogo de golfe, com o propósito de desmitificá-lo em relação ao seu público-alvo, investimentos e o prazer dessa prática. O golfe é um esporte que não tem linhas rígidas, não faz exigências, não cria barreiras ou limitações, diferentemente de outras modalidades. Um jogador de golfe pode ser alto ou baixo, fraco ou forte, gordo ou magro, jovem ou velho; pode ser jogado entre homens e mulheres; oferece a oportunidade de acertar em apenas uma única tacada e pode ser jogado em total silêncio. Não espere mais, entre em campo e dê a sua melhor tacada!

Informações para contato:

Jefferson Leonardo


Jefferson LeonardoJefferson Leonardo – Graduado em Administração de Empresas, Pós-Graduado em Recursos Humanos pela USM-SP, Mestrado em Engenharia de Produção pela UFSM-RS. Educador Universitário de Graduação, Pós-Graduação e MBA em SP e RS. Diretor-Sócio da INOVATIVA Consultoria, com atuação em Projetos organizacionais, Programas de Qualidade Total (PGQP) e Programas de Desenvolvimento de Gestores, em mais de três centenas de empresas. Autor de vídeo motivacional pela rede dtcom.

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