Cinco reflexões de Jorge Paulo Lemann sobre carreira, negócios e metas

Um dos principais nomes do empreendedorismo no Brasil, o empresário Jorge Paulo Lemann é atualmente o primeiro no ranking de bilionários do país. Mentor da fusão de Brahma e Antarctica que deu vida à gigante Ambev, dono do Burger King e sócio do bilionário Warren Buffett (atualmente o segundo homem mais rico do mundo), ele também se destacou no esporte, consagrando-se pentacampeão de tênis. Sua fortuna atualmente está estimada em nada menos do que US$ 29 bilhões, de acordo com ranking da revista Forbes de 2017.

Jorge Paulo Lemann é também um dos idealizadores da Fundação Estudar, entidade que oferece bolsas de estudos em cursos no Brasil e no exterior. Trata-se de uma organização sem fins lucrativos, criada em 1991, que tem como objetivo incentivar jovens brasileiros a seguir uma trajetória de impacto.

Durante o Encontro Anual realizado para a Fundação Estudar, Jorge Paulo Lemann palestrou para uma plateia de 150 bolsistas e ex-bolsistas, os Líderes da instituição. Confira a seguir cinco reflexões do empresário sobre carreira, negócios e suas metas de vida trazidas ao evento:

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  1. Arrisque mais

A minha convivência com o risco é maior do que a da média. Acredito que as pessoas tomam pouco risco, deveriam tomar mais. Eu tenho essa tendência porque fui criado com muita liberdade. Meu pai morreu cedo, minha irmã é mais velha e eu estava solto para me virar por conta própria. Isso me deu aptidão para tentar e arriscar mais coisas. Nunca fui um estudioso que analisasse demais as coisas. E tenho notado que pessoas mais preparadas fazem milhões de análises e estudos e, fazendo isso, não se arriscam. É preciso lembrar que você não faz nada grande, se não se arriscar.

  1. O significado do dinheiro

Para mim, dinheiro é uma maneira de medir resultado, até certo ponto. Quem me conhece bem sabe que eu não sou gastador. O dinheiro é moeda para fazer mais negócios. É uma maneira prática de ver se você está ou não tendo sucesso. Eu tenho diversos projetos na área filantrópica que tenho muito prazer em fazer, mas sinto falta de não poder medir, como eu posso nos negócios, se está ou não tendo resultados. Dentro dos objetivos empresariais, é apenas uma forma de medição.

  1. Em que área apostaria, se Lemann começasse hoje

Se eu fosse começar um negócio hoje, seria no ramo da tecnologia. Sou fascinado por tecnologia, apesar de não me considerar preparado. Da mesma maneira que entrei no mercado financeiro porque vi oportunidade de inovar, hoje em dia vejo as novidades pelo Vale do Silício e iria tentar alguma coisa nessa área. No Brasil temos um atraso tecnológico e uma grande demanda. Acredito que eu buscaria um nicho para crescer, porque o Brasil tem muito espaço para crescer.

  1. Uma meta para a atualidade

Se eu tivesse que ter uma meta agora, seria que tudo isso que nós construímos juntos, Beto Sicupira, Marcel Telles e eu, tivesse longa durabilidade. E isso não é simples, porque é necessário um processo onde as melhores pessoas sejam escolhidas para trabalhar junto e que essas pessoas continuem escolhendo as melhores pessoas. No meio disso, temos as famílias que vão ter um papel nesse processo, conduzir nossos esforços filantrópicos.

  1. A importância de cultivar um sonho

O sonho grande é uma inspiração para todo mundo. Quem quer montar alguma coisa tem que trabalhar com e para outras pessoas. É compartilhado, para pessoas participarem junto com você. E é importante. As pessoas precisam encontrar isso, alguma coisa que gostem, que os motive e que o mundo entenda.

Para saber mais

  • Leia: Sonho grande, livro que conta a história de Lemann e seus sócios
  • Acesse: www.estudar.org.br.

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