10 dicas práticas para aumentar sua resiliência agora mesmo

Resiliência é um termo que vem da física e significa a capacidade que alguns corpos têm de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica.

Pense numa esponja: você aperta e ela encolhe; você deixa de apertar e ela volta ao formato anterior. Ou uma mola: você aperta e ela encolhe; você solta e ela volta ao formato anterior.

Quando falamos de alta performance, resiliência passa a ser uma atitude que está fortemente ligada ao repertório emocional de pessoas de sucesso.

Em vendas, gestão e liderança, que são as áreas em que atuo e busco ajudar pessoas e empresas a melhorarem resultados, vejo resiliência como algo cada vez mais necessário.

Resolvi então escrever um artigo mais longo e aprofundado, embasado nos diversos livros e estudos científicos que encontrei sobre o assunto, para ajudar mais pessoas como você a desenvolverem essa atitude. Se quiser, compartilhe seus comentários e sua própria experiência sobre o assunto, pois pode ajudar ainda mais pessoas (e enriquecer com seus próprios conhecimentos e aprendizados).

Como o artigo ficou longo (incluindo as referências aos estudos, livros, autores e especialistas citados, testes, dicas), fiz um resumo aqui para a e-zine, só com as dicas sobre como melhorar sua resiliência.

O artigo completo você pode ler no Portal VendaMais: bit.ly/resiliencia-raulcandeloro.

Dicas para você melhorar sua resiliência:

1) Alerta e radar ligado para seus pensamentos. Pessoas resilientes patrulham seus pensamentos o tempo inteiro e estão sempre ligadas ao tipo de energia do pensamento (positiva/negativa), sendo experts em reconhecer quando estão indo para o “lado negro da força” e redirecionando a energia para o positivo. (O que posso fazer para melhorar isso?).

2) Cuidado com sistema explanatório. Pessoas resilientes não caem na armadilha do sistema explanatório negativo. Então, se você se pegar pensando que uma situação negativa é permanente, está se disseminando pela sua vida inteira e é uma perseguição pessoal (do destino, do azar, de alguma força maior), pare e reveja isso rapidamente.

3) Escolha sua resposta (mental e física). Lembre-se de que todos passamos por maus momentos e todos temos crises. Sucesso acontece não porque não aconteceu nada negativo, mas por termos SUPERADO os momentos difíceis (ou seja, apesar de…). Você pode reagir sempre de duas formas: de maneira negativa, emocional e focando no que não tem controle. Ou pode ter calma, ser mais racional e focar no que tem controle. Pessoas resilientes prestam muita atenção nisso e procuram escolher com mais frequência a segunda opção.

4) Mantenha a perspectiva. Pessoas resilientes entendem que, embora negativa agora, neste momento, a maior parte das crises raramente dura ou tem grande impacto a longo prazo. Mantenha a perspectiva e não faça um problema ser maior na sua imaginação do que é na realidade.

5) Medite. A prática frequente da meditação aparece em vários estudos e é citada por vários autores que estudei. Carol Orsborn, autora do livro A arte da flexibilidade, cita especificamente as pausas para meditar durante o dia, mesmo que curtas, como um “recarregar das baterias emocionais” fundamental para aumentar e fortalecer a resiliência.

6) Desenvolva um pensamento questionador. Question thinking é uma metodologia para resolver problemas criada pela psicoterapeuta e coach Marilee Adams, PhD. O pensamento questionador encoraja as pessoas a encararem problemas e situações complexas como desafios, fazendo perguntas para avaliar melhor as opções disponíveis.

  • Sobre o que tenho controle?
  • O que posso fazer?
  • Quem pode me ajudar?
  • O que preciso aprender ou pesquisar para lidar melhor com isso?
  • O que preciso desenvolver para lidar melhor com isso?
  • Quem já passou por isso antes e poderia me aconselhar?

Note que essas perguntas questionadoras são completamente diferentes de perguntas julgadoras (e muito mais úteis, em termos de resiliência), como “De quem é a culpa?”, “Por que isso sempre acontece comigo?” etc.

Mais perguntas que estimulam a resiliência:

  • Como posso conter essa situação para que não piore?
  • O que posso fazer para limitar a duração ou o impacto dessa situação?
  • Como posso reverter e até ganhar alguma coisa com isso?
  • Qual seria a resposta mais inteligente para essa situação?

7) Personagens e referências. No livro Resiliência: a ciência de superar os maiores desafios da vida, os psiquiatras Steven Southwick e Dennis Charney recomendam um exercício interessante para aumentar a resiliência, que é o de você escolher um personagem forte e colocar-se no papel dele. Pessoas ou personagens – da vida real ou não – que você admira e que têm as características que você precisa naquele momento para superar uma dificuldade. Pense “O que ele/ela faria nesta situação? Como reagiria?”. Usar um modelo forte como referência muitas vezes também vai lhe dar força, uma nova perspectiva e ânimo redobrado.

8) Pratique a gratidão. Frederickson recomenda um trabalho chamado de “desadaptação” para entender melhor a gratidão. Ela explica que o que geralmente acontece é que uma situação negativa ganha muito poder emocional dentro de nós e aí esquecemos que temos uma série de coisas boas acontecendo na nossa vida. As coisas boas ficam em segundo plano, completamente abandonadas – viram paisagem. Praticar a gratidão faz com que você proativamente procure essas coisas boas, mesmo que simples, e dê-lhes o devido valor que merecem.

9) Transforme problemas em DESAFIOS. Chamar um problema de desafio é mais do que uma questão semântica ou um jogo de palavras. Problema significa ameaça e sofrimento. Desafios são oportunidades. Então pergunte para você mesmo como transformar uma situação negativa em algo potencialmente produtivo.

David J. Hellerstein, professor de psiquiatria na Columbia University, explica que existem inclusive diferenças fisiológicas marcantes entre as duas abordagens (problema x desafio). Quando você encara uma situação como uma ameaça, seu sistema de alerta primitivo entra imediatamente em ação. Isso significa que seu cérebro vai liberar hormônios como cortisol e endorfina que vão aumentar sua pressão sanguínea, o nível de glicose no seu sangue e seu nível de ansiedade.

Em contraste, quando uma situação é encarada como desafio, seu cérebro libera hormônios que promovem a reparação de células, respostas mais relaxadas e estímulo a um uso mais eficiente da sua energia.

10) Desenvolva o mindset de crescimento. De acordo com Carol Dweck, especialista no assunto e autora do livro Mindset, de maneira simplificada existem dois tipos de mindset:

Mindset fixo: a pessoa acha que já nasce com talento para fazer algumas coisas. Você é basicamente bom em algumas coisas e ruim em outras, e é isso aí. O segredo do sucesso é encontrar coisas na vida em que você é bom e dedicar-se a isso. Pessoas de mindset fixo não acreditam muito em treinamento (ou você é bom ou não é – não é o treinamento que faz a diferença) e também não reagem muito bem a feedback de melhoria (ou você é bom ou não é – então não adianta dar feedback porque ela não sabe o que fazer com ele, já que não acha que consegue mudar).

Mindset incremental, ou de crescimento: a pessoa acha que você nasce com facilidade maior para algumas áreas, mas que todas elas podem ser melhoradas/desenvolvidas, desde que você dedique-se a isso. Pessoas de mindset incremental acreditam em desafiar-se continuamente, como forma de crescimento e aprendizado. Reagem bem ao feedback e a treinamentos (tudo que for processo de melhoria está dentro). Não é “sou ruim nisso”, é “ainda não sou bom nisso”.

Pessoas de mindset de crescimento acabam naturalmente sendo mais resilientes, por isso é importante trabalhar esse aspecto e desenvolver essa habilidade.

Abraço, boa semana e boa$ venda$,

Raul Candeloro
Diretor

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