Janeiro já acabou. O que você fará com o seu ano?

o que você fará com seu ano

Ainda estamos no início do ano e temos a impressão que temos muito tempo para realizar tudo que idealizamos quando pulamos as sete ondinhas na virada de ano. Porém, os dias, semanas e meses passam tão rápido que daqui a pouco iremos nos pegar falando coisas como: “Só” faltam três meses para acabar o ano, “só” faltam três semanas para acabar o ano, “só” faltam três dias para acabar o ano… E então, chega novamente a hora da contagem regressiva… 3, 2, 1… Feliz Ano Novo!

Essa é apenas a percepção em relação a um ano de nossas vidas. Mas e se concluirmos que podemos estar passando por essa mesma situação em relação a nossa vida? Se revisitarmos nossa memória e lembrarmos que há pouco tempo éramos crianças, e tudo que fez parte dessa fase nos vier à memória? Lembranças, emoções, sensações…

Seguindo adiante, nos deparamos com o que acontecia em nossa adolescência e tudo que fizemos que foi muito legal, outras coisas que fizemos e não foi nada bom, nossa intensidade, nossa busca pela verdade e tudo que girava em torno desta fase. Daí, vem a vida adulta e parece que algo aconteceu e um divisor de águas nos separou disso tudo. Às vezes, fico pensando o quanto é cruel essa ideia de que para ser adulto é necessário abrir mão da criança e do adolescente. Não sei se isso foi o que falaram pra você, não sei se você ouviu frases do tipo: “para de ser criança, agora você é um adulto…”

Eu ouvi, acreditei e obedeci. Abri mão da minha criança interior e tenho até dificuldade de ter lembranças daquela época. Abri mão da minha sagacidade de adolescente e fui me tornando uma adulta como todos esperavam de mim. 

Vivi uma vida preocupada em fazer o que esperavam de mim, afinal, eu não queria decepcionar ninguém. Eu AINDA tinha uma vida toda para fazer o que eu queria, eu AINDA tinha uma vida toda para viver do meu jeito, eu AINDA tinha muito tempo para agradar a mim mesma, então escolhi deixar para depois.

Porém, agora me deparei com o fato de que já tenho 42 anos e SÓ tenho a outra metade de minha vida, isso se eu viver até 84. SÓ tenho esta possível metade para viver do meu jeito, SÓ tenho esta metade para agradar a mim mesma, SÓ tenho esta metade para fazer realmente o que eu quero.

E é por isso que resolvi escrever este artigo. Quero alertar o maior número possível de pessoas para que fiquem atentas a tudo que estiverem fazendo e vivendo e não sofram a dor de quando o AINDA vira SÓ.

Seja numa viagem, em que você a princípio tem sete dias para aproveitar e quando menos espera só tem mais dois. Seja num relacionamento amoroso, em que você ainda tem tantos anos e por algum motivo você se pega decepcionado, pois esta relação pode estar a pouco tempo de acabar. Seja numa relação familiar, que você acredita ser eterna, mas uma fatalidade faz você concluir que só agora, depois de perder, que tanto percebe a falta que esta pessoa faz.

Mas isso também pode acontecer em relação às oportunidades práticas, como metas mensais, que ao virar o mês você pensa que AINDA tem 30 dias para batê-las, e quando menos espera SÓ tem três dias para fechar o mês. Ou uma apresentação superimportante para seus líderes ou liderados, em que você terá a oportunidade de todos reconhecerem suas competências e percepções ampliadas, e você tem AINDA tem 15 dias para se preparar, mas quando em um piscar de olhos você SÓ tem um dia para o grande momento.

Amplie sua percepção em relação a si mesmo e em relação a como vem tratando sua relação com a vida.

Pois o mais dolorido disso tudo é ficar vivendo e reclamando que não tem tempo, que não dá tempo, que falta tempo e não fazer nada para mudar.

Tenho a impressão que essa dor é mais dolorida. Quando estamos fazendo algo que não está alinhado com nossa verdade e então adiamos e ignoramos, na esperança de não nos abalar. Pura ilusão, pois tudo é escolha nossa, inclusive não escolher, ou inclusive, deixar os outros escolherem pra gente.

Conquiste a si mesmo. Talvez esta seja a conquista mais desafiadora, mas é a única que pode evitar que você chegue um dia a pensar: “Não fui quem eu verdadeiramente sou”.


alle ferreiraAlle Ferreira, treinadora e palestrante especializada em neurociência do comportamento, defensora da autenticidade como uma estratégia de retenção, engajamento e fidelização de funcionários, clientes, parceiros e fornecedores. Colaboradora de inúmeras revistas e apresentadora do programa Ao Lado Delas.

Conteúdos Relacionados

Todo bom vendedor é um Masterchef

Todo bom vendedor é um Masterchef

Recentemente, num cruzeiro que fizemos pelo Caribe, tivemos a chance de participar de um “mini programa” do MasterChef no navio.

Algumas pessoas da plateia são escolhidas, recebem uma lista de ingredientes e precisam criar pratos com os ingredientes, apresentando-os depois para serem avaliados pelo júri (no caso, o capitão do navio e dois de seus assistentes).

Continuar lendo

Pin It on Pinterest

Rolar para cima