A importância da comunicação interna na implementação do trabalho remoto

comunicação interna ferramentas para manter engajamento

 

comunicação interna Elizeo Karkoski, diretor executivo da P3K Comunicação
Elizeo Karkoski, diretor executivo da P3K Comunicação

Um dos grandes desafios atuais tem sido evitar o alastramento do COVID-19. A principal recomendação é evitar o contato humano, tendo em vista que o vírus é transmitido de pessoa para pessoa. Por esta razão, muitas empresas estão tendo que adaptar o modo de trabalho para precaver o risco de infecção de seus colaboradores, assim como o alastramento do vírus na sociedade, e uma das formas tem sido a implantação do home office.

Cabe ressaltar que essa modalidade de trabalho vem se tornando tendência mundial, e aqui no Brasil, muitas empresas já são adeptas do modelo. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) sobre as Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2012-2018, houve um crescimento significativo de pessoas trabalhando em casa em nosso país. Entre 2016 e 2017, o aumento foi de 16,2%, já entre 2017 e 2018 a expansão chegou a atingir 21,1%.

O trabalho realizado de casa, além de ser um protocolo para situações extremas como a atual, já é visto por muitos como uma ferramenta para retenção de talentos, que tendem a gostar dessa flexibilidade oferecida pelas companhias.

Contudo, a implementação do trabalho remoto nem sempre é uma tarefa fácil, de acordo com especialistas, a comunicação interna é peça fundamental para esse processo. “O trabalho em home office exige uma dose de atenção a mais na comunicação das empresas com seus empregados. Além da necessidade de ferramentas que façam a transmissão de informações de maneira direta e coerente com o momento, o discurso online precisa ser tão consistente quanto o presencial. É aí que uma estratégia de comunicação interna bem estruturada, aliada à cultura da empresa, entra como diferencial para manter engajamento e produtividade”, afirma Elizeo Karkoski, diretor executivo da P3K Comunicação, agência especializada em comunicação interna estratégica e endomarketing.

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Como toda inovação a ser implantada no ambiente de trabalho, o home office demanda planejamento, se bem implementado é uma ação vantajosa tanto para a empresa como para o colaborador, conforme ressalta Elizeo. “Esse método facilita o dia a dia de trabalho ao estabelecer acordos e metas focados em trazer maior confiança para os funcionários, gerando motivação e melhora no clima organizacional, assim como aumento da produtividade. Mas é importante estarmos alinhados: as regras precisam ficar claras para que todos saibam como participar, pois disciplina é fundamental nessa mudança”.

Como medida preventiva para a situação em que estamos vivendo, o home office tomou outras proporções para os negócios, havendo a possibilidade de que após esse período haja um grande salto na adoção do trabalho remoto como efeito de longo prazo. Apesar das circunstâncias, esse pode ser um momento de se quebrar preconceitos e paradigmas em relação a isso, tendo em vista que muitas empresas têm dúvidas sobre a possibilidade de adesão ao home office e outros benefícios de flexibilidade para os colaboradores.

Uma análise desenvolvida pela holding de recrutamento e seleção Talenses Group detectou que 55% do público entrevistado acredita que home office é um fator importante na escolha de um novo emprego. A pesquisa mostra que 98% dos participantes acreditam em benefícios de trabalhar em casa, como escapar do trânsito e reduzir o stress do transporte público.

“O home office é uma ferramenta de trabalho como outras, precisa de planejamento, regras, tecnologia e boa vontade para funcionar perfeitamente. Na P3K, já temos a iniciativa há mais de um ano. Contamos com um sistema online de gestão de Jobs, o Tarefa Fácil, que facilita demais o dia a dia, além da liberação do VPN para acesso remoto dos colaboradores à rede da agência para o trâmite dos arquivos maiores e garantia de estar trabalhando sempre com os arquivos atualizados. O principal desafio era gerenciar as pessoas, e para garantir que estaríamos pertos, mesmo estando longe, o Tarefa Fácil, hangouts e e-mail têm funcionado muito bem”, garante o diretor executivo.

Para finalizar, Elizeo Karkoski dá algumas dicas para as instituições que estão tendo que se adaptar a essa nova prática, assim como, para quem deseja efetivar esse modelo de trabalho após a crise:

1. RH e Comunicação

O primeiro passo é compartilhar e linkar o trabalho desenvolvido pelos profissionais de Recursos Humanos com a comunicação de sua empresa e, assim, desenvolver orientações necessárias para todos os prestadores de serviço.

2. Tecnologia

Utilizar a tecnologia que já temos disponível, como ferramentas de gestão online, Whatsapp, e-mail, hangouts é essencial para manter as pessoas próximas e integradas durante o trabalho, para que tenham suporte no seu dia a dia e o trabalho flua.

3. Comunicação efetiva e escuta ativa

A comunicação precisa ser muito bem estruturada para que não haja gaps. O líder deve ser o ponto central da estratégia da operação remota, combinando as ações com o perfil dos colaboradores, pensando sempre em canais que supram todas as necessidades de trabalho. Também é necessário ouvir os incômodos que podem surgir com o choque cultural, pensando em métodos de solucionar os problemas.

4. Paciência e Empatia

Todo processo que inclui mudanças na forma de trabalho exige um tempo para adaptação e terá a possibilidade de que surjam desafios inesperados. Por isso, é imprescindível manter um canal aberto com todos para comunicar e sanar as dúvidas que possam aparecer sobre as expectativas de produtividade e eventuais conflitos. E diante do cenário atual, também é importante manter os colaboradores informados sobre todas as medidas adotadas pela instituição para conter a situação.

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