Acessibilidade audiovisual: sua empresa está preparada para se comunicar de forma inclusiva?

três bonecos com as mãos no rosto representam cegueira, surdez e mudos

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 6,5 milhões de pessoas no Brasil possuem alguma deficiência visual. O número é ainda maior dentre as que possuem dificuldade auditiva. Aproximadamente 9,7 milhões de pessoas necessitam de recursos de acessibilidade em conteúdos auditivos (dados de 2010).

Quando considerados os ambientes com ruído – como academias, bares e restaurantes, por exemplo – esse número aumenta de forma contundente. Uma oportunidade de mercado para se comunicar de forma mais eficiente e inclusiva com estes públicos.

A ShowCase Pro trabalha com acessibilidade e tecnologia para produções audiovisuais. A empresa é referência na produção de legendas ocultas (closed caption), audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais, com o uso de softwares de reconhecimento de voz, interatividade e outras tecnologias. Dentre seus clientes, estão grandes emissoras na TV Aberta no Brasil e na América Latina.

Para entender mais sobre este segmento e como adaptar o seu negócio para atender de forma mais inclusiva, conversamos com Marco Antonio de Melo, diretor comercial da ShowCase Pro. Confira por que a preocupação com a qualidade dos conteúdos inclusivos devem ir além de simplesmente cumprir determinada lei.

O que vocês oferecem exatamente na Showcase PRO? Como o serviço é diferente das outras empresas similares no mercado?

A ShowCase Pro é uma empresa que disponibiliza produtos e serviços para acessibilidade audiovisual. Trabalhamos com a produção de Closed Caption, Audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais. Prestamos esse serviço para emissoras em nível nacional e internacional, produtoras de vídeo conceituadas e gigantescas plataformas de Streaming. Nos dividimos em duas categorias: produtos e serviços, porém ambas trabalham juntas.

Em produtos temos alguns destaques como o IFN100, Josefina (JOSIE) e o XDAQUAD, que nos ajudam na produção dos serviços já citados acima.

O IFN100 é um implementador de funções e remultiplexador ISDB-T. Ele entrega de forma eficiente o máximo das possibilidades para uma transmissão digital interativa, podendo operar com qualquer multiplexador ISDB-T que tenha entrada para fluxo de transporte (Transport Stream ou TS), fazendo o uso de uma plataforma embarcada de 64bits. Ele também proporciona o guia eletrônico de programação (EPG), interatividade para TV Digital (Ex: Clima Show) e possibilita o uso do serviço de sistema de alerta de emergência para radiodifusão (EWBS).

Executivos da Showcase Pro - acessibilidade audiovisual

Um dos nossos maiores sucessos é o módulo de Closed Caption automático, chamado Josefina (ou JOSIE para os mais íntimos). Este software produz legenda oculta, através do reconhecimento de voz. Ele possui a maior assertividade do mercado e a menor latência comprovada. Além de ficar ativo 24 horas por dia, o sistema é conectado a uma nuvem de dados, o que a possibilita ter uma rede neural mais ampla.

XDAQUAD é um sistema de auditoria e monitoração multicanal com armazenamento interno. Ele permite a gravação de até 4 canais ao mesmo tempo, podendo realizar a pesquisa dos vídeos gravados por meio de ferramenta de filtragem por horário ou programa exibido. Também é possível exportar os vídeos a partir de pontos selecionados ou faixas de tempo (ferramenta clipping), seguindo opções diversas, completas e customizadas.

O Serviço da ShowCase PRO é personalizado às necessidades do cliente. Adequamos nossos produtos e serviços já existentes à necessidade do cliente. Nós nos preocupamos com a satisfação dos nossos parceiros.

Nossa produção é feita internamente, o que facilita o envio dos produtos os clientes, o suporte personalizado e a eficiência em toda a cadeia de processos para a solução dos clientes/parceiros. Esses são os nossos diferenciais.

Na VendaMais somos 100% focados em vendas. Como a Showcase PRO pode ajudar uma empresa a reduzir seus custos de vendas, melhorar seu faturamento ou melhorar o atendimento a clientes? Pode compartilhar com a gente alguns casos de sucesso?

Com a Josefina (JOSIE) as emissoras televisivas conseguem diminuir os custos na produção de legenda oculta (Closed Caption) sem se preocupar em descumprir a Lei – que estabelece a obrigatoriedade de legenda oculta 24 horas por dia em canal televisivo aberto – mantendo um altíssimo nível de qualidade da acessibilidade, comprovado por nossos diversos clientes e cases. Isso facilita a inclusão do público com baixo custo, tendo em vista também que a ferramenta de produção automática JOSIE possui uma excelente flexibilidade. Ela garante a produção em português, inglês e espanhol, dentre outros diversos idiomas. Outro fato interessante é a capacidade de autoaprendizagem e o reconhecimento de dialetos. Afirmamos: a JOSIE é poliglota!

Também temos um sistema de EPG automático, que acessa diretamente a matriz da emissora, facilitando o seu dia a dia. Por exemplo, a Globo tem os jornais locais. O EPG automático consegue ler esta informação descrita na matriz (que fica denominada apenas como TV) e inserir diretamente na programação do local destinado, como o SPTV, RJTV, MGTV entre outros, deixando de ter a necessidade de uma pessoa programar todos os jornais locais diariamente.

Que tipo de empresa pode se beneficiar deste tipo de solução?

As empresas que se beneficiam são as de broadcast em geral, como emissoras, produtoras, agências de publicidade e órgãos regulamentadores de transmissão de TV.

Da mesma forma, que tipo de situação a Showcase PRO não se propõe a resolver?

No momento, ainda não conseguimos fazer a audiodescrição automática, precisando ainda de profissionais qualificados para o serviço.

Quais são os erros mais comuns que você vê as empresas cometendo em relação às suas iniciativas de acessibilidade e tecnologia para produções audiovisuais?

O descaso com a produção do conteúdo acessível. Muitas vezes, as empresas não se preocupam com a qualidade da produção de conteúdo acessível, o que acaba interferindo diretamente no entendimento do público e também acaba afetando o preço aplicado ao mercado, nivelado por baixo consecutivamente.

Imagine que uma empresa está preocupada em implantar melhorias em relação à acessibilidade. Por onde começar? De maneira sucinta e objetiva, quais as principais recomendações?

Primeiro ela deve entender qual é a necessidade do seu público, definir qual a perspectiva de melhorias demandadas e então traçar estratégias e implementar ferramentas que tornem mais assertivas as soluções desejadas, sejam elas de Closed Caption, Audiodescrição ou Libras. Para isso, sugerimos que as empresas procurem quem oferece serviços de qualidade e possui competência de mercado (know-how).

Com tanta experiência na área, quais dicas ou informações você vê sendo dadas pela mídia sobre o assunto do uso da tecnologia nestas áreas específicas que comentamos acima com as quais claramente não concorda, que acha exageradas ou apenas modismos que passarão?

Esse assunto não é tão abordado pela mídia. O assunto de acessibilidade audiovisual só acaba sendo importante, quando é cobrado pela lei. Ou seja, quando não se trata da obrigatoriedade da lei de acessibilidade, ninguém fala sobre esse assunto. O que é errado, pois todos têm o direito de receber uma comunicação adequada e de qualidade.

A mídia precisa explorar esse assunto com mais frequência, é de extrema importância. Esta necessidade está respaldada em dados. Segundo dados do IBGE de 2010, mais de 6,5 milhões de pessoas no Brasil possuem alguma deficiência visual e aproximadamente 9,7 milhões de pessoas possuem alguma dificuldade auditiva e necessitam de recursos de acessibilidade em conteúdos audiovisuais. Se considerarmos ambientes com ruído – como academias, bares ou restaurantes, por exemplo – que demandam de Closed Caption (CC), este número no mínimo quadruplica!

Algum último comentário que queira fazer para os leitores da VendaMais?

A inclusão das pessoas com deficiência auditiva e visual deve ser algo presente na sociedade por espontaneidade, e não algo imposto pela lei, de forma que essas pessoas se sintam confortáveis e incluídas ao usar os meios de comunicação em seu dia a dia, pois todos têm direito à informação.

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