Será o fim dos vendedores? Parte 1

Será o fim dos vendedores? Parte 1
Olá.

Empolgado com a polêmica levantada na semana passada, não poderia deixar de comentar com você algumas das respostas que recebemos. Foi uma verdadeira enxurrada de e-mails, a maioria, como não poderia deixar de ser, defendendo que a profissão ?mais antiga do mundo? não acabará.

Sandra Katayama, diretora de conteúdo da Ceres, afirmou que, se for para ser atendida por um vendedor que vai dizer apenas as informações que ela consegue encontrar nos sites, ele não precisa existir. ?Um profissional de vendas precisa dar aquele toque especial, saber fazer perguntas para descobrir a real necessidade do cliente e encontrar a melhor forma de atendê-lo?, defendeu.

O consultor e palestrante Weber Abras acredita que não se pode falar da morte de algo que nem existe ainda: ?É o conformismo, a falta de informação e de opções de nossos clientes que está morrendo. E isso tudo está contribuindo para criar, agora sim, verdadeiros vendedores, focados, antenados, ?informatizados? e prontos para usar o e-commerce como mais uma forma de vender, e muito?.

Larissa Uehara defendeu que a profissão de vendedor não está ? nem será ? extinta: ?Nesses novos tempos, com a tecnologia cada vez mais avançada, o cliente sente falta, cada vez mais, do contato físico, do atendimento personalizado, técnico e atencioso do vendedor especialista. O vendedor tem de estar atualizado, ser um consultor para o cliente que compra os produtos. Devemos entrar, definitivamente, na era do reconhecimento dessa profissão?.

E Juliano Ferrari relembrou o tópico debatido na última ExpoVendaMais de que alguns vendedores tem vergonha da profissão: ?Na verdade, como alguns palestrantes disseram na ExpoVendaMais, está cada vez mais difícil o vendedor falar que é vendedor. O que eu acho é que existe vergonha de dizer ?sou vendedor?, mas não sei o porquê?. No cartão de visitas de Ferrari, está escrito gerente de contas, uma denominação bonita e pomposa, mas que ele não vê como essencial. ?Na verdade, o que importa é o que o profissional de vendas é, e não o que está em seu cartão de visitas. Eu sou mesmo um vendedor, e iniciante, com apenas dois anos na função, mas já me considero um negociador, e acredito que o que vale é isso, o que nos consideramos?, contou.

O que achei mais curioso é que os leitores reagiram de formas muito diferentes ao e-mail. Houve quem dissesse concordar comigo que a profissão não irá acabar e quem mandasse e-mails para mim dizendo que, como palestrante e diretor de uma revista de vendas, eu não deveria defender o fim da profissão. Enfim, de um mesmo texto, leitores obtiveram visões antagônicas da minha opinião. Houve até quem dissesse que eu não deveria sequer levantar uma discussão dessas.

A grande vantagem dessa discussão é justamente podermos debater, defender a profissão e nos adaptarmos às mudanças. Não adianta reagir como um avestruz e colocar a cabeça na terra, fingindo que nada está acontecendo. O ideal é procurarmos formas de tornar a venda cada vez mais profissional e indispensável. Somente com debates como esse é que iremos repensar nossas formas de vender, procurando agregar valor ao que fazemos e demonstrando por que essa profissão, mesmo antiga, merece continuar em destaque na economia mundial.

O grande valor não está no tempo em que a profissão existe, mas na importância que ela tem para a sociedade e, principalmente, para quem exerce esse trabalho no dia a dia. Vendedores que tem vergonha de dizer que são vendedores, na minha opinião, já estão mortos, justamente pela falta de coragem de procurar algo com o que se identifiquem.

Um abraço e boa$ venda$,

Raúl Candeloro

DICAS DO CONSULTOR DA SEMANA

12 dicas para entrar e crescer no e-commerce 

Por Natan Sztamfater

  • Seriedade ? Encare a venda on-line com muita seriedade. O nome é virtual, mas o trabalho é real.
  • Especialização ? Procure um nicho para explorar. Quanto mais específico for o seu negócio, maior a chance de sucesso na internet.
  • Concorrência ? Fuja dos produtos vendidos em grandes magazines.
  • Investimento em tecnologia ? Na hora de comprar a sua plataforma de loja virtual, fique atento: nem todas são tão boas quanto parecem. Escolha muito bem o seu parceiro. Tecnologia é muito importante para que uma loja on-line esteja preparada para um rápido crescimento.
  • Formas de pagamento ? Inicie o seu site de vendas com o maior número de parcerias (Visa, MasterCard, American Express, entre outras) para facilitar a compra ao e-consumidor.
  • Confiabilidade ? Esteja na E-bit, consultoria que classifica lojas virtuais no Brasil. Só assim, mesmo ainda pequena, os clientes irão confiar na sua loja. Não economize nos selos de segurança.
  • Teste seu portal ? Antes de colocá-lo no ar, faça testes e verifique se a sua entrega chega em pelo menos três dias ao cliente, fator importantíssimo para satisfação dele.
  • Organização ? Lembre-se dos pilares de um site de vendas: atendimento ao cliente, divulgação digital, logística e administrativo.
  • Marcas ? Alie-se a marcas reconhecidas em suas áreas de atuação para conquistar a confiabilidade do e-consumidor e oferecer produtos de qualidade.
  • Estoque ? Cuide de seu estoque e da logística para atendimento ágil ao e-consumidor. Lembre-se: a primeira impressão é a que fica.
  • Atração e retenção de clientes ? Invista em marketing, meça cada detalhe das campanhas digitais e otimize as estratégias dia a dia.
  • Invista ? Contrate uma consultoria especializada em vendas on-line, isso ajuda muito o pequeno empreendedor a errar menos no início.

Natan Sztamfater é diretor da PortCasa, loja virtual especializada em artigos de decoração com grandes marcas e especialista em marketing digital pela FGV.
E-mail: [email protected]

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OPINIÃO DO LEITOR

“Desde que li a VendaMais pela primeira vez, apresentada por meu diretor, tornei-me assinante. Temos a utilizado em nossa empresa, mensalmente, como ferramenta para aprimoramento e reciclagem dos colaboradores. Todos estão bastante felizes e agradecidos pelo conteúdo, aprendemos muito e continuamos ansiosos por mais informações?
Daniel Lages
Analista de qualidade

PARA PENSAR

?Vender não é mostrar produtos ou serviços, e sim levantar necessidades que podem ser supridas com seus produtos e serviços?
João Alberto Costenaro

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