Planejamento (futuro) x UrgĂȘncias (agora)

Minha esposa Ă© agente de viagens e sempre conversamos sobre sua agĂȘncia – o que estĂĄ acontecendo, cotaçÔes que entraram, o que os clientes estĂŁo pedindo, falando, objeçÔes que surgem etc. E uma coisa que tenho notado Ă© que existem basicamente dois tipos de clientes:

– Os que planejam com antecedĂȘncia.
– Os que deixam tudo para em cima da hora.

O primeiro grupo acaba sempre indo para lugares melhores e pagando bem menos. Quem se planeja consegue aproveitar muito melhor as oportunidades.

O segundo grupo fica mais estressado, paga mais e acaba ficando onde dĂĄ, pois geralmente os lugares bons jĂĄ estĂŁo todos lotados pelos viajantes que fazem parte do grupo 1.

Mesmo sabendo de tudo isso – das vantagens de planejar, das consequĂȘncias de nĂŁo planejar, de como isso Ă© importante (principalmente num ambiente cheio de mudanças) –, ainda vemos muita gente que, em dezembro, ainda nĂŁo começou a fazer seu PEC (Planejamento EstratĂ©gico Comercial) de 2018.

A desculpa e as justificativas sĂŁo sempre as mesmas: nĂŁo consigo pensar no futuro porque estou tĂŁo ocupado com o presente.

Entendo isso perfeitamente. Mas quem planeja e olha para a frente consegue cuidar MUITO MELHOR do seu presente.

Sei que o final do ano é corrido (Marcelo Caetano e eu fizemos seis palestras/workshops em seis dias na semana passada) e que todo mundo estå querendo focar no imediato, mas vale muito a pena aproveitar essa época para começar a se organizar.

2017 jĂĄ estĂĄ acabando, foi um ano complicadinho, mas trouxe muitas oportunidades de melhoria e de aprendizagem. 2018 estĂĄ aĂ­ e promete muitas melhoras. Agora Ă© hora de juntar as duas coisas!

Inclusive, para questionar uma lógica que vejo em planejamentos: de que ano que vem vamos crescer “X%” porque este ano crescemos/estabilizamos/fomos para trás. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Vamos dizer que no ano passado a economia brasileira tenha retraĂ­do 1%; foi
um ano razoåvel, os juros baixaram, o crédito aumentou, as pessoas estão com mais dinheiro, as empresas investindo etc. Isso tudo influencia, e muito, seus resultados. Muitas vezes nos esquecemos disso e fazemos nosso planejamento sem levar em conta fatores externos.

Mas e se tiver crise? E se aumentar a concorrĂȘncia? E se os fornecedores aumentarem os preços? Se aumentar o turnover de vendedores? Se o dĂłlar disparar? Ou cair demais? Se a inflação e os juros do Banco Central aumentarem?

Um bom planejamento vai sempre trabalhar com cenĂĄrios (positivo, neutro, negativo).

Isso vai implicar em taxas diferentes de crescimento.

Além disso, tem todas as suas açÔes internas. Se no ano passado foram lançados novos produtos e/ou serviços, contratadas pessoas, feitas campanhas etc., isso também obviamente tem impacto.

VocĂȘ nĂŁo pode achar que sua empresa vai vender todos os anos 10% mais do que no ano anterior, sĂł porque passou mais um ano.

Ela vendeu porque:

a) Fez uma série de açÔes. Essas açÔes vão se repetir, aumentar ou diminuir?
b) Uma série de coisas aconteceu. Essas coisas externas vão se repetir, aumentar ou diminuir?

O correto Ă© revisar todos os nĂșmeros do ano passado e ver quais foram exatamente os fatores que influenciaram seu desempenho.

Depois disso vocĂȘ deve quebrar/dividir o resultado final em resultados menores.

Por exemplo: se a empresa vai faturar 12 milhĂ”es no ano que vem, significa na mĂ©dia 1 milhĂŁo por mĂȘs (sem levar em conta sazonalidade – se existe fator sazonal forte, teria que fazer os ajustes necessĂĄrios, mas sempre levando em conta que no final tem que dar 12 milhĂ”es).

Depois de planejar dentro do mĂȘs, reflita sobre quais produtos/serviços tĂȘm que ser vendidos para alcançar essa meta. Vejo muitas empresas, por exemplo, dizendo “vamos vender 1 milhĂŁo…” mas nĂŁo explicam como, por quĂȘ, quando etc. Isso tambĂ©m nĂŁo deveria existir num bom planejamento.

Uma meta tem que ter o que se chama de 5W2H:

1) When: Quando?
2) Where: Onde?
3) What: O quĂȘ?
4) Who: Por quem?
5) Why: Por quĂȘ?
6) How: Como?
7) How much: Quanto?

Ou seja, se a empresa diz que vai crescer x%, ou faturar R$ Y, precisa explicar exatamente como, quando, por quĂȘ, etc. Quando vocĂȘ “quebra” desse jeito, organiza as informaçÔes mais facilmente.

A mesma lĂłgica depois faz com que vocĂȘ possa “descer” com a meta para ajudar canais de vendas/departamentos e atĂ© mesmo a equipe de vendedores a calcular e planejar tanto metas quanto atividades necessĂĄrias para atingir a meta.

“Quem planeja e olha para a frente consegue cuidar MUITO MELHOR do seu presente.”

Planejar Ă© mistura de arte e ciĂȘncia – como ninguĂ©m tem bola de cristal nem consegue prever o futuro, Ă© sempre um exercĂ­cio de estimativas bem-informadas.

Por isso nĂŁo existe uma fĂłrmula exata – Ă© um exercĂ­cio de aprimoramento contĂ­nuo. Todos os anos em que vocĂȘ faz um planejamento, deveria fazer a revisĂŁo para ver se o que foi dito realmente foi feito, se aconteceu, que influĂȘncia teve etc. Isso permite fazer o ajuste para os prĂłximos planejamentos.

Para quem leva vendas e planejamento realmente a sĂ©rio e quer fazer isso de maneira mais profissional, a VendaMais criou um “kit PEC”, com vĂĄrios materiais para ajudar tanto o lĂ­der comercial quanto sua equipe de vendas a se preparar melhor para 2018.

Assinantes da VM jĂĄ tĂȘm acesso ao material no prĂłprio site da VM, mas se vocĂȘ ainda nĂŁo Ă© assinante, pode ter acesso a seis ediçÔes da revista mais todo o material que guia vocĂȘ no seu PEC fazendo a assinatura da VM.

Ainda não é assinante? Assine agora e ganhe o Kit Planejamento Estratégico Comercial, PEC: https://loja.vendamais.com.br

Abraço e boas vendas,

Raul Candeloro
Diretor
P.S. Na semana passada, Marcelo Caetano e eu fizemos um workshop de um dia e meio que abordou muitos dos assuntos do PEC. Abaixo estĂĄ um dos sete resumos que fizemos dos trabalhos, na parte em que falamos sobre expectativas de clientes para 2018, matriz de blindagem contra a concorrĂȘncia e “projetos pirata” para vocĂȘ testar novas ideias e conceitos para vender mais.

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