Marketing ambiental: que bicho é esse?

Meio ambiente está na moda. Marketing ambiental é um novo canal. Conscientize-se da importância do tema e utilize-se desse canal de marketing em suas vendas.

Depois que as sagradas leis do marketing passaram a ser acessíveis a todos os mortais, proliferaram-se nomes e subtítulos para a nobre matéria: marketing de relacionamento, de varejo, direto, pessoal, de serviços, esportivo, educacional, na internet, endomarketing e até marketing ambiental. Muito se fala, mas tenho visto poucas definições precisas do que eles sejam em separado. Afinal, tudo é marketing e meio ambiente sob a divina luz do sol.

Mas vamos ao chamado marketing ambiental. Ambiental para quem?

Para quem lida com meio ambiente, para uma ONG qualquer, que precisa fazer com eficiência o seu serviço, vender o seu peixe, seus rios, montanhas, matas, macacos, realizar atividades de educação ambiental, conscientizar populações, esmorecer corações de políticos e autoridades, ou para uma empresa que se apropria do tema a fim de vender suas ditas e sérias intenções a respeito do assunto, procurando passar uma imagem corporativa de “boazinha” aos olhos dos clientes e da comunidade.

Se a empresa fizer a coisa certa e cumprir o que está prometendo, não há nada contra. Mas se o que alardeia não corresponder ao que promete, é melhor que procure outras atividades, como patrocinar jogos de futebol de salão ou concursos de misses.

Em ambos os casos, quando tratamos de meio ambiente – o lugar onde vivemos, procriamos e morremos – deveríamos fazer as coisas com o máximo cuidado e competência.

Nós, marqueteiros, não deveríamos “usar o santo nome da ecologia em vão”. Se um cliente precisar de ações na área de marketing ambiental, deveremos tratar o assunto com a maior ética possível, que é raro de se ver hoje em dia, pois até se vende remédio falsificado para câncer de próstata.

Cuidar do meio ambiente e das atividades mercadológicas que envolvem esse assunto deveria ser uma atividade considerada sagrada. Estamos há mais de 12 mil anos* destruindo os lugares onde vivemos e agora estamos percebendo os erros e os perigos que essa destruição continuada está acarretando à Terra, que pela sua antigüidade e paciência, tem uma eternidade para nos dar uma boa lição.

É muito bom que as empresas entrem nessa briga. Elas têm dinheiro, poder de comunicação e de conscientização e podem, além de ajudar a causa, somar expressivos valores às suas marcas.

Acredito que depois da educação e da saúde, o marketing do meio ambiente é, na área da ciência mercadológica, uma das atividades mais importantes que poderemos realizar nos próximos anos e, sem dúvida, uma das melhores heranças que podemos deixar aos nossos filhos e netos.

Por isso, devagar com o andor que o santo é de barro. Não vamos mentir às atuais e às futuras gerações através de truquinhos baratos do marketing verde. Vamos trabalhar sério e tratar o assunto com o devido respeito. A vida na Terra depende disso.

*12 mil anos ? quando o homem começou as suas primeiras atividades agropastoris e a interferir no meio ambiente.

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