Confira a entrevista com Francisco Gomes

A diferença está além da experiência testada, a validação da metodologia, em seis passos, fácil de apreender e aplicar. Procuramos imprimir ao texto um tom aprazível e indutor à reflexão, através de parábolas, casos e notas reflexivas.

1) Vamos começar falando um pouco sobre você, Francisco, para que nossos leitores possam conhecê-lo melhor. Você poderia nos contar brevemente sua trajetória profissional até escrever Negociação e Conflito?

Sou Consultor Corporativo, autor de 33 livros de Gestão e Negócios, exerci o magistério de graduação e pós-graduação (PUC-RJ; UERJ; SENAC). Sou Conselheiro da PUC-RJ por 8 mandatos, e atuo regularmente em consultoria focada em Cultura Organizacional, Liderança e Estratégia.

2) Olhando para trás, existe algo que você gostaria de ter sabido ou descoberto antes – alguma lição que teria ajudado a superar ou evitar algumas dificuldades pelas quais passou?

A referência ao passado só é válida com o espírito e o propósito de renovação. Nesse sentido, o erro tem a função pedagógica de sinalização e advertência. Só os inadvertidos repetem o mesmo, por falta de visão crítica. Essa falha de perspectiva e análise ocorre com muita frequência nas organizações modernas, onde a tecnologia, sem educação, favorece a velocidade da informação, com pouca reflexão, gerando males, como a distração a dispersão e a superficialidade. Consequência visível é a fragmentação, com a distorção do foco induzindo a ênfase no detalhe sem visão do todo. Tenho aprendido muito com minhas experiências, pois ao transpô-las, como contribuições às novas gerações, nos meus livros, estou exercitando uma das melhores formas de aprendizado, que é escrever criticamente. Para responder a pergunta: teria desenvolvido uma linguagem voltada para o jovem.

3) Agora sobre seu livro. Com tantos livros sobre sobre Negociação no mercado, o que o seu traz de diferente?

A diferença está além da experiência testada, a validação da metodologia, em seis passos, fácil de apreender e aplicar. Procuramos imprimir ao texto um tom aprazível e indutor à reflexão, através de parábolas, casos e notas reflexivas.

4) Você poderia nos dar um exemplo extraído do livro que resume as principais ideias e conceitos que você defende?

Basta concentrar-se nos seis passos da metodologia para que a estratégia surja naturalmente e configure objetivos e metas inovadoras.

5) De maneira rápida e resumida, que tipo de leitor mais se beneficiaria do seu livro? Que tipo de conselhos ou informações deveriam procurar, ou que tipo de problema estariam tentando resolver?

Negociação é uma das principais competências do administrador-líder e necessária a qualquer pessoa, pois viver é se relacionar. Pela negociação atinge-se o ideal do Bem Comum. Desse modo, saber negociar é condição imprescindível à convivência harmoniosa. O livro oferece, pela metodologia inédita, um caminho e as ferramentas ao caminhante. Acho que o leitor busca uma orientação segura para um caminhar juntos.

6) Qual seria a primeira coisa que você gostaria que alguém fizesse depois de terminar de ler seu livro, colocando em prática o que foi visto?

O livro desperta, através das reflexões, orientações, parábolas e casos concretos, a motivação em aplicar o proposto a todas as situações de vida pessoal e no trabalho.

7) Que outros livros ou autores você recomendaria para quem quiser se aprofundar nesse assunto?

A literatura em administração e, especificamente, as focadas em liderança, são significativas para o aprofundamento da matéria. O aprofundamento exige estudo comparativo e visão crítica.

8) Qual é o maior erro que você vê as pessoas praticando em relação aos assuntos cobertos pelo livro?

A superficialidade e a falta de percepção educada, muito devido à pressa e à submissão aos meios eletrônicos. Pensa-se pouco e se age muito irrefletidamente.

9) Que sugestões você daria para quem quer melhorar? Por onde começar?

Cada vez mais, a alternativa é estudar, estudar e ESTUDAR. A informação é importante, o conhecimento é necessário, mas a sabedoria é imprescindível. O sábio é aquele que tem as informações relevantes, seleciona as necessárias, as transforma em conhecimento e tem capacidade de pô-las em prática. O conhecimento, sem a sabedoria em aplicá-lo, pouco vale. Comece lendo algo novo todo dia e anote, para criar o hábito da leitura e da reflexão. Quem não sabe pensar, não sabe viver, portanto, não tem competência.

10) E o que você acha que essas pessoas deveriam PARAR de fazer?

Parar de copiar e repetir rotineiramente e PENSAR – quem não pensa, critica e, estrategicamente, é um incompetente.

11) Baseado em toda sua experiência e depois de todas as pesquisas que fez para escrever seus livros, existe algum conselho sobre aprimoramento pessoal e profissional que você vê publicado com frequência mas com o qual não concorda?

Não concordo com a maneira habitual e distorcida como é tratado o “espírito competitivo”, estimulando mais o conflito e o confronto predador do que o desempenho cooperativo e o mérito.

12) Existe algum outro conceito do livro que você gostaria de reforçar aqui?

Meu conceito básico de liderança, com o qual trabalho pragmaticamente há várias décadas, é a de que o líder é um Líder de Líderes. Todo ser humano tem um talento próprio que lhe dá condições de exercer influência, e é essa condição que o torna capaz de contribuir positivamente como participante de uma equipe integrada, Esse seu potencial é que o vocaciona ao exercício da liderança. A eficácia da liderança, pela minha experiência pedagógica em trabalhar com líderes, reside na competência do líder, investido nessa condição, em dinamizar essa potencialidade de influir, existente em seus liderados.

13) Algum comentário adicional que gostaria de fazer aos nossos leitores?

Sendo a Negociação uma competência imprescindível ao exercício de qualquer relacionamento, em qualquer situação ou circunstância, merece ser estudada e aplicada diariamente, com sabedoria.

Contato com o entrevistado:

Meu e-mail é [email protected]. Terei satisfação em responder.

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