As diferenças entre pessimistas e otimistas (e por que os otimistas ganham)

Seu copo está meio cheio ou meio vazio?

Se você quer realmente ter uma vida melhor, de alta performance, é bom prestar atenção no que dizem os estudos: é melhor ver o copo meio cheio.

Pesquisas científicas já comprovaram uma longa lista de benefícios para ser otimista. Aqui estão alguns deles:

  • Otimismo está associado com melhor saúde e uma vida mais longa.
    Fonte: Stroke, Journal of American Heart Association.
  • Praticar o otimismo e a gratidão CAUSAM aumento na felicidade (e não o contrário!)
    Fonte: Emotion, Vol 11(2), Apr 2011, 391-402.
  • O exército norte-americano ensina otimismo aos seus soldados pois isso os deixa mais fortes e aumenta sua persistência.
    Fonte: artigo Annie Murphy Paul, Time Magazine.
  • Ser socialmente otimista (ou seja, ter a expectativa de que gostem de você) faz com que as pessoas realmente gostem mais de você.
    Fonte: Personality and Social Psychology Bulletin.
  • Expectativas de resultados positivos em negociações fazem com que as pessoas atinjam mais rapidamente um acordo satisfatório.
    Fonte: Journal of Experimental Social Psychology, Volume 46, Issue 3, May 2010, Pages 494-504.
  • Otimistas têm mais sorte. Pesquisas mostram que, ao pensar positivamente, as pessoas perseveram mais e criam mais oportunidades para si mesmas.
    Fonte: Luck Factor, Richard Wiseman.
  • Vendedores otimistas têm mais sucesso do que pessimistas.
    Fonte: The Happiness Advantage, Shawn Achor.

A lista poderia continuar indefinidamente. Uma das coisas que recomendamos é que você busque ter atitudes otimistas diariamente, pois isso está associado diretamente com a alta performance e com uma vida plena, realizada e feliz.

Da mesma forma, o outro lado da moeda também é verdadeiro.

Martin Seligman, professor da Universidade da Pensilvânia (EUA) e expert em felicidade, explica que o pessimismo é muitas vezes negativo:

As pesquisas revelam, previsivelmente, que o pessimismo provoca baixo desempenho em muitas áreas: corretores de seguros pessimistas fazem menos contatos de vendas, são menos produtivos, têm baixa persistência e desistem mais facilmente do que corretores otimistas. Alunos pessimistas tiram notas piores do que alunos otimistas, e assim por diante.

Interessante notar nos estudos de Seligman que ele descobriu alguns “mitos” sobre o otimismo. Por exemplo, que escutar músicas alegres/motivadoras ou ficar repetindo frases motivacionais na frente do espelho tenham algum efeito duradouro. Essas ações criam uma energia motivacional rápida, mas que também rapidamente se perde.

A única coisa que parece realmente alterar o otimismo e a motivação das pessoas de maneira sustentável é o desenvolvimento de um novo conjunto de habilidades. Ou seja – aprender a fazer algo novo, ou a fazer de maneira diferente e melhor algo que já fazemos.

Mas vamos dizer que você se encontre numa determinada situação tendo pensamentos e sensações pessimistas. O que fazer?

Os 3Ps

Existe um termo que os pesquisadores chamam de “estilo explicativo”. Quando coisas ruins acontecem, como você explica isso para si mesmo?

Segundo os especialistas, essa conversa com você mesmo tem três pontos principais:

  • Permanência
  • Presença
  • Pessoalidade/culpa

Para os pessimistas:

  • Coisas ruins vão sempre durar muito tempo, ou para sempre.
  • São universais, abrangentes (“não dá para confiar em ninguém”).
  • Procuram desculpas e/ou culpados.

Para um pessimista, um contratempo é desmotivador e razão para desistir.

Otimistas, não por acaso, são o exato oposto:

  • Coisas ruins são temporárias.
  • Coisas ruins têm uma causa específica e não são universais.
  • Não procuram desculpas nem culpados – procuram um motivo, uma razão e uma forma de melhorar.

Para um otimista, um contratempo é motivador e razão para persistir.

Interessante notar que, quando a situação se reverte e fica positiva, as reações também são opostas.

Quando uma coisa boa acontece, o pessimista acha que vai durar pouco, que é algo raro, que na verdade é prenúncio de algo pior que já vai acontecer.

Quando uma coisa boa acontece para o otimista, ele acha que vai durar, que é normal e comum e que mais coisas boas vão acontecer se ele continuar se dedicando.

Como resultado, você tem pessimistas com alta probabilidade de depressão, de desistirem, de não alcançarem metas.

E como um pessimista pode lidar com isso? Isso pode ser mudado? Pode ser ensinado? A boa notícia é que sim, podemos mudar isso. Otimistas já sabem o “truque” e o praticam naturalmente. Os pessimistas precisam desenvolver a habilidade do diálogo interior positivo (DIP).

Quando você se pegar tendo uma conversa negativa consigo mesmo, você precisa imediatamente reconhecer e reverter isso para o positivo.

Ou seja, quando você se pegar tendo pensamentos negativos com estas características:

  • Achando que coisas ruins vão sempre durar muito tempo, ou para sempre.
  • Imaginando que o “ruim” é universal, abrangente (“não dá para confiar em ninguém”, “é sempre assim, não tem jeito”, etc.).
  • Procurando desculpas e/ou culpados.

Você precisa imediatamente reconhecer e inverter positivamente este diálogo interno, focando no positivo:

  • Coisas ruins são temporárias.
  • Coisas ruins têm uma causa específica e não são universais.
  • Não procuram desculpas nem culpados – procuram um motivo, uma razão e uma forma de melhorar.

Com o passar do tempo, esse mecanismo de diálogo interno positivo passa a ser automático, e os estudos mostram que você consegue se manter otimista mesmo nas situações mais difíceis.

Então você já sabe: quer realmente alcançar a alta performance? Seja um otimista, preste atenção no seu diálogo interior e lembre-se de que contratempos são temporários, têm uma causa específica e não têm culpa/desculpa – melhor focar na lição, no que aprendemos e como melhorar da próxima vez.

Abraços de alta performance,

(Texto baseado em artigo de Erik Barker, Barking up the wrong tree).

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