O que os futurólogos dizem sobre as vendas no futuro

Todos pensam no futuro, pensam adiante visando inovações, melhoras, sucesso, mesmo tendo a incerteza do que virá. Hoje em dia, o futuro está cada vez mais perto. As inovações são constantes, as novidades diárias, e se sua empresa não está criando a tendência que se encaixe nessas mudanças, você será lançado fora do mercado, ou será colocado atrás da concorrência. 

A futurologia realiza estudos sobre o futuro e deduz uma possibilidade do que virá a acontecer. A VendaMais entrevistou estudiosos de várias partes do planeta, buscando tendências e dicas para vendedores que procuram se destacar no futuro, se diferenciar entre a concorrência, buscando uma visão ampla para enfrentar o amanhã.

Gandhi já dizia: "O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente". E é nisso que se baseiam os estudos dos futurólogos: o futuro é consequência do presente. Assim, pode-se tentar identificar o que provavelmente irá acontecer​​, e ver, com planejamento reverso, o que podemos decidir e fazer hoje, a fim de melhorar nosso perfil em direção a uma posição desejável no futuro.

Vendedor do Futuro

Ethevaldo Siqueira, jornalista, escritor e consultor especializado em telecomunicações, eletrônica de entretenimento e novas tecnologias da informação, afirma que a confiança, o prestígio, a credibilidade e a tradição são os valores de um vendedor de sucesso. “Quem quer vender mais, no futuro, necessitará de valores-chave para uma boa venda, como a confiança no produto, prestígio e credibilidade do vendedor, e da marca. Esses valores serão muito importantes para o vendedor.”

Muitos dos futurólogos acreditam que a venda boca a boca não deixará de existir, mas que grande parte delas serão substituídas por vendas on-line. “Inúmeras vendas, onde o comprador já tenha em sua cabeça o que quer comprar, se desenvolverão cada vez mais de forma on-line. Não é de se admirar que algumas grandes cadeias ou pequenas livrarias estejam desaparecendo, devido à Amazon e comparáveis ​​lojas virtuais. O que se perderá através desta mudança, será a parte emocional como tocar o material, capturar as reações emocionais do vendedor.”, afirma o futurólogo belga D. Michel Judkiewicz, Secretário Geral da EIRMA (European Industrial Research Management Association).

Além disso, quem busca ser bem-sucedido em vendas precisará buscar a criatividade para tal. Além de um mercado diferente e competitivo, a exigência das pessoas será maior, sendo assim não será qualquer um e qualquer produto que se destacará. É preciso buscar a criatividade para desenvolver vendas, pois é nisso que está o diferencial para o sucesso, afirma o futurólogo americano Barry Minkin. “O potencial inexplorado não está em levar as pessoas a colocar mais horas em um dia, mas em permitir que as pessoas antecipem a sua energia criativa.”

Hoje, o que muitos vendedores apostam é no neuromarketing, considerado a chave para o entendimento da lógica de consumo, que busca entender os desejos, impulsos e motivações das pessoas através do estudo das reações neurológicas, por meio de ressonância magnética.

Para Tsvi Bisk, diretor do Center for Strategic Futurist Thinking em Jerusalém, Israel, neuromarketing não é o futuro, uma vez que ele é muito invasivo. Ele aponta a NICE Softwares, como uma inovação que funcionará melhor para analisar o perfil do consumidor, ela desenvolve produtos que conseguem detectar através da voz e de movimentos corporais, sensações e comportamentos. “Por exemplo, em uma venda por telefone, o vendedor consegue detectar o que a pessoa está sentindo no momento como, por exemplo, tensão ou calma que ela transmite pela voz, e assim fazer uma abordagem mais direcionada.”

As novidades no mundo tornarão o ser humano cada vez mais recluso da sociedade. A pessoa vai poder trabalhar, comprar, se comunicar com os outros dentro de sua própria casa, mas isso só fará com que as pessoas valorizem ainda mais o contato com os outros. "O homem ficará mais isolado. E por isso, ele descobrirá que o contato pessoal nunca poderá ser substituído por mídias sociais, lojas on-line ou por robôs. O futuro apenas acentuará a necessidade de pessoas por outras pessoas.", afirma Tsvi Bisk.

O mercado, o empreendedorismo e as mídias sociais no futuro irão mudar, mas a essência do bom vendedor e sua vontade de vender deverá ser a mesma, senão maior. Não será fácil competir com máquinas e lojas on-line, por isso a busca pela capacitação deve começar hoje.

10 tendências de consumo para 2013

Como você pretende suprir as expectativas dos seus consumidores nos próximos 12 meses?

Presunçosos e Donos de custos

Conforme os consumidores passam a abraçar novas maneiras de participar no financiamento, lançamento e crescimento de (novos) produtos e marcas que amam; as expectativas de pré-venda, crowdfunding e compras de ações serão competências árduas para o consumo tradicional em 2013.

Emergentes

Se nas últimas duas décadas foi comum ver mercados desenvolvidos atuando em economias emergentes e vice-versa, este é um momento de mudança onde vamos presenciar uma explosão de produtos e serviços vindos de mercados emergentes para mercados emergentes.

Momentos móveis

Para aqueles que se perguntam qual é o próximo passo dos dispositivos móveis, um só insight sobre comportamento deve responder todas as suas perguntas: em 2013, consumidores verão os seus smartphones como maximizadores de cada momento do seu dia a dia.

Uma nova vida

Uma tendência que será um sinal dos tempos em 2013: o fenômeno de produtos e serviços que contêm, literalmente, nova vida dentro deles. Ao invés de serem descartados ou até reciclados (por outras pessoas), estes produtos podem ser devolvidos para a natureza para gerar algo novo, o que proporciona eco-status e eco-histórias para contar.

Aplicativos médicos

Tecnologias digitais são os novos medicamentos. Em 2013 consumidores se voltarão para profissionais e instituições médicas para pedir conselhos e descobrir as novas tecnologias e aplicativos médicos. Será esperado que médicos receitem os melhores aplicativos, assim como remédios como parte do tratamento.

Orgulho da nação

Mercados emergentes exportarão orgulhosamente e inclusive farão questão de disseminar sua cultura e história nos próximos 12 meses. Símbolos, estilos de vida e tradições que antes eram menosprezadas (quando não negadas) serão fonte de orgulho para consumidores domésticos, e objeto de interesse para consumidores globais…

Dados do consumidor

Até os dias de hoje, as discussões ao redor da “big data” (abundância de informações sobre o consumidor e seus hábitos de compra) se resumiam ao uso de dados de consumidores a favor dos negócios. Em 2013, compradores perspicazes irão reverter essa lógica: eles esperam ter controle e fazer o melhor uso possível dos seus próprios dados, e procurar marcas que usem esta informação proativamente para oferecer ajuda e conselhos sobre como melhorar o seu estilo de vida e/ou economizar dinheiro.

Feito para você

O desejo cada vez maior de consumidores por nichos e NEWISM, a expectativa de conseguir sempre o produto certo (na hora certa!), crescentes ecodiscussões e a procura por histórias cada vez mais interessantes, combinadas com a popularização de novas tecnologias de manufatura local (e produção sob medida) como impressões 3D, irão alavancar um ressurgimento da produção doméstica em mercados já estabelecidos em 2013.

Transparência

Então o que é que podemos esperar da megatendência de transparência em 2013? Marcas devem deixar para trás o “não temos nada a esconder”, para provar e mostrar proativamente que não têm nada a esconder de fato.

Marcas exigentes

O ano de 2013 presenciará marcas cada vez mais “ligadas” (por exemplo, aquelas que abraçarão a jornada cada vez mais real em busca de um futuro sustentável e responsável socialmente) exigindo que os seus consumidores também contribuam.

Fonte: www.trendwatching.com