8 tendĂȘncias de identidade digital abordadas no Know Identity Conference 2018

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Por Lincoln Ando

Recentemente, a One World Identity (OWI) promoveu a Know Identity Conference. Trata-se de um dos maiores eventos globais de identidade digital, que reĂșne as organizaçÔes mais influentes do mundo e as mentes mais brilhantes do setor para moldar o futuro do segmento. Entre os presentes na conferĂȘncia, estavam regtechs, birĂŽs de crĂ©dito e empresas de tecnologia do mundo todo. A conferĂȘncia aconteceu em Washington (EUA).

A programação foi bastante interessante e dentre os temas abordados, oito deles chamaram muito nossa atenção. Confira: 

  1. Biometria

Em muitos países, o diferencial de produtos de credenciamento é a validação biométrica. Durante o evento, diferentes empresas que usam o acelerÎmetro do celular para detectar o padrão de movimento de um usuårio, uso de digitais, verificaçÔes de íris ocular e reconhecimento facial e de voz apresentaram diversas formas avançadas de autenticar usuårios.

  1. Novas regulamentaçÔes

Diretivas como o General Data Protection Regulation (GDPR) e o Payment Services Directive 2 (PSD2), novas propostas de diretrizes europeias para proteção de dados pessoais e serviços de pagamento, respectivamente, dominaram boa parte das discussÔes. As novas leis devem ser implementadas nos Estados Unidos e na União Europeia muito em breve. De certa forma, isso demonstra o quanto a tecnologia estå à frente da legislação, mas também como esta tem avançado.

  1. Data breach

Com os diversos vazamentos de dados em companhias americanas, em 2017, foi impossĂ­vel deixar de mencionar esse assunto, jĂĄ que parte da audiĂȘncia foi afetada por isso. A discussĂŁo sobre os dados e como armazenĂĄ-los foi muito recorrente. Isso tambĂ©m mostrou que existe um grande movimento em direção Ă  retenção de dados de maneira descentralizada.

  1. Privacidade

Tais vazamentos de dados tambĂ©m levaram a uma conversa sobre privacidade. A conclusĂŁo principal Ă© que os usuĂĄrios sempre deveriam saber exatamente quais dados serĂŁo liberados para validação em cada checagem. E, em um cenĂĄrio ideal, documentos digitais ou aplicativos poderiam exibir apenas se o usuĂĄrio estĂĄ apto ou nĂŁo para aquele contexto. AlĂ©m disso, ficou claro que privacidade nĂŁo Ă© ter muitas regras e burocracia, mas, sim, transparĂȘncia.

  1. População desbancarizada

Imigrantes, pessoas isoladas geograficamente, refugiados e habitantes de países com governos inståveis acabam enfrentando problemas quanto à sua identificação. Muitas dessas pessoas não participam de programas do governo, não conseguem empregos formais e também não são incluídos financeiramente devido à falta de algo que comprove a identidade deles, além de informaçÔes para liberação de crédito, por exemplo. BirÎs de crédito para estrangeiros, psicografia, identidades baseada em reconhecimento facial, aplicaçÔes de blockchain foram algumas das alternativas apresentadas para esses casos. Vale pontuar que essas situaçÔes não foram tratadas apenas como um problema social, mas como uma grande oportunidade para o mercado financeiro atender esse tipo de demanda.

  1. NĂșmero de celular em substituição do RG/CPF

Com diversas tecnologias de autenticação via app, o nĂșmero de celular tem ganhado muita importĂąncia no credenciamento e no acesso a serviços. Em alguns paĂ­ses asiĂĄticos, o nĂșmero de celular serve para fazer pagamentos e, ainda, liberar acesso a outros serviços, sem o uso de documentação do governo. As discussĂ”es apontaram para o fato de que o nĂșmero do celular pode, sim, ser uma fonte de validação importante. Mas nĂŁo serĂĄ a identidade definitiva por si sĂł, uma vez que muitas pessoas nĂŁo tĂȘm acesso a smartphones. AlĂ©m disso, a troca frequente do nĂșmero e de operadoras tambĂ©m seria um impeditivo.

  1. Identificação global

Em função das grandes e recentes correntes migratórias, muito se falou da necessidade e da possibilidade de uma identidade global. O mais próximo disso, hoje, são passaportes, que seguem, em alguma escala, um padrão internacional. Os mais novos, inclusive, usam chips de identificação – e isso foi uma inovação trazida e estabelecida por uma empresa privada.

  1. Identidades digitais

Alguns formadores de opiniĂŁo afirmam que os bancos poderiam ser os agentes capazes de criar algo como uma identidade digital, jĂĄ que eles jĂĄ tĂȘm os dados, o capital e a credibilidade. PorĂ©m, empresas de outros setores mais ligados Ă  tecnologia, por exemplo, estĂŁo tentando atender esta demanda de alguma forma, com aplicativos que centralizam dados biomĂ©tricos, informaçÔes cadastrais e documentos. A ideia, portanto, seria compor, com tudo isso, uma credencial robusta, segura e digital.

Lincoln Ando é formado em Anålise e Desenvolvimento de Sistemas pela Unicamp Limeira e possui especialização em Segurança Ofensiva, pela Infosec, em Washington (EUA). Em 2016, fundou a IDwall, regtech com a proposta de tornar os processos de cadastro, verificação e validação de dados mais ågeis, transparentes e seguros por meio de tecnologias de reconhecimento facial, cruzamento de dados e background check.

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